As praias arenosas
- Escrito por Sérgio de Almeida Rodrigues & Roberto M. Shimizu
Uma praia arenosa comumente evoca a imagem de um deserto, uma vez que suas areias parecem destituídas de vida. As chamadas praias bravas, ou de tombo, podem realmente fazer juz a esta imagem, pois o forte embate das ondas constantemente movimenta grandes quantidades de areia, modificando o perfil da praia e impedindo que muitas espécies aí se estabeleçam.Por outro lado, as praias mansas ou duras, com seu declive muito suave, que permite realizar longos percursos mar adentro sem perder o pé, abrigam uma fauna abundante e variada. Esta comunidade passa desapercebida da maioria das pessoas devido ao fato de seus componentes encontrarem-se tipicamente ocultos na areia ou expostos ao ar apenas durante os períodos de baixamar. Representantes da maioria dos grupos de animais marinhos podem aí ser encontrados, porém as plantas macroscópicas estão praticamente ausentes, sendo os vegetais representados apenas por diversas categorias de algas microscópicas.
Vida escondida
- Escrito por Alberto Lindner, Alvaro E. Migotto, Bruno C. Vellutini, Inácio D. da Silva Neto
Publicado originalmente em: O Telescópio, n. 17, fev/mar 2008.
Clique para ter acesso ao texto em pdf.Golfinhos, baleias, tubarões e tartarugas são os primeiros seres que vêm à cabeça quando pensamos na vida marinha. Polvos, caranguejos e peixes multicoloridos, como aqueles que aparecem em documentários sobre recifes de corais, completam o conhecimento da maioria das pessoas sobre os organismos marinhos. Entretanto, a maior parte da vida marinha não é formada por animais de grande porte, como peixes e baleias, mas por organismos praticamente invisíveis a olho nu. Estes seres minúsculos incluem bactérias, microalgas, protozoários e muitos animais, como pequenas águas-vivas e crustáceos. São encontrados em praticamente todos os ambientes marinhos, e vivem agarrados às rochas, entre os grãos de areia, ou nadando livremente na água.
Excursão à praia: passeio ou aula ?
- Escrito por Alvaro E. Migotto e Patricia R. Blauth
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A Idéia
Comumente uma excursão à praia com alunos é encarada como uma atividade extra, dispensável, sem conotação educacional mais profunda.
Essa idéia não é muito disparatada pois quem já teve a oportunidade de acompanhar um desses grupos em excursão deve ter notado a folia, a freqüente desordem. Muitos professores nem se arriscam, pois, não sabendo bem o que fazer na praia, temem o caos.
Tendo essa preocupação em mente, apresentamos uma proposta de como essa atividade pode ser abordada, de modo a trazer grande satisfação para todo o grupo.
O manguezal e a sua fauna
- Escrito por Sérgio de Almeida Rodrigues
As florestas de mangue já atraíram a atenção dos antigos biólogos por serem florestas que crescem nas águas rasas do mar. Devido a várias propriedades de estrutura e funcionamento, este ecossistema ocupou as áreas costeiras protegidas dos oceanos e mares tropicais. Tipicamente, o manguezal se encontra na zona entre marés.
Recifes de coral e branqueamento
- Escrito por Alvaro Esteves Migotto

Uma associação extremamente importante para os recifes-de-coral é a simbiose que ocorre entre as espécies de corais e microalgas conhecidas como zooxantelas. Essas algas vivem no interior dos tecidos dos corais construtores dos recifes, realizando fotossíntese e liberando para os corais compostos orgânicos nutritivos. Por sua vez, as zooxantelas sobrevivem e crescem utilizando os produtos gerados pelo metabolismo do coral, como gás carbônico, compostos nitrogenados e fósforo. As necessidades nutricionais dos corais são em grande parte supridas pelas zooxantelas. Elas estão também envolvidas na secreção de cálcio e formação do esqueleto do coral. Apesar de espécies de corais serem encontradas praticamente em todos os oceanos e latitudes, as espécies construtoras de recifes (corais hermatípicos) estão restritas às regiões tropicais e subtropicais. Os recifes necessitam, geralmente, de águas quentes (25 – 30oC) e claras, longe da influência de água doce. A poluição (esgoto doméstico, vazamento de petróleo etc.) e sedimentação (sedimentos terrígenos levados para o mar devido ao desmatamento e movimentações de terra) põem em risco muitos recifes de corais, incluindo os inúmeros outros organismos que deles dependem (inclusive comunidades humanas que vivem da pesca e coleta de animais marinhos recifais).
Foto: Coral Madracis decactis
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