Corais-sol demonstram alta capacidade de regeneração em área protegida de Alcatrazes
- Escrito por Vitoria Santos Mendes
Duas espécies de corais exóticos invasores, Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis, popularmente conhecidos como corais-sol, se espalharam por vários pontos entre Ceará e Santa Catarina desde sua introdução acidental na década de 1980. Originárias do oceano Indo-Pacífico, essas espécies provavelmente chegaram ao Brasil aderidas a estruturas metálicas de plataformas de petróleo, deslocadas entre bacias petrolíferas.
Diversas características biológicas e ecológicas dos corais-sol contribuem para seu potencial invasor, representando uma séria ameaça à biodiversidade marinha. Esses corais invasores também estão presentes em Unidades de Conservação, como o Refúgio da Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, uma área federal protegida, situada no litoral norte de São Paulo. Desde 2013, o arquipélago recebe ações contínuas de manejo para controle das populações de Tubastraea, coordenadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O manejo é conduzido por mergulhadores capacitados, utilizando ferramentas como marreta e talhadeira. Nos últimos anos, também foi implementado o uso do martelete pneumático. No entanto, mesmo quando a colônia é aparentemente retirada por completo, pequenos fragmentos de tecido podem permanecer aderidos ao substrato.
Em um estudo publicado recentemente na revista Coral Reefs, pesquisadores investigaram o que acontece com os fragmentos de tecido não diferenciados que permanecem presos ao substrato após as atividades de manejo: seriam capazes de sobreviver e regenerar? Para responder a essa pergunta, foram acompanhados tecidos remanescentes de T. tagusensis por 398 dias em Alcatrazes, revelando que 90% dos fragmentos deixados após a remoção sobreviveram e se regeneraram (Figura 1). Um dos fragmentos regenerou até formar uma colônia com 31 pólipos, e a maioria dos tecidos regenerados ultrapassou cinco pólipos, tamanho frequentemente alvo das ações de manejo. Mesmo fragmentos extremamente pequenos, como os de apenas 0,180 cm², demonstraram capacidade de originar novas colônias funcionais.
Figura 1: Crescimento de uma colônia de T. tagusensis, regenerada a partir de tecido remanescente em Alcatrazes, ao longo de 7 meses de monitoramento.
Por outro lado, as colônias regeneradas podem ter um crescimento mais lento, retardo na reprodução e produzir larvas de menor qualidade, comparado com colônias não regeneradas, mas devem ser realizados mais estudos científicos. Esses efeitos podem ser considerados resultados positivos do manejo, pois reduzem o potencial de dispersão e o estabelecimento das colônias invasoras.
Os resultados reforçam tanto os desafios do manejo de espécies invasoras marinhas quanto a importância do monitoramento de longo prazo em áreas protegidas. A continuidade das ações de controle, combinada a estudos sobre a capacidade regenerativa dos tecidos em regeneração, será essencial para aumentar a eficácia do manejo e aprimorar as estratégias de enfrentamento dessa ameaça à biodiversidade na costa brasileira.
Saiba mais:
Mendes, V.S., Coelho-Souza, S.A., de Oliveira, F.F.; López M.S. Sun coral regeneration after management actions in a Brazilian no-take marine protected area. Coral Reefs (2025). Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00338-025-02674-1
Centro TAMAR e NGI Grandes Ilhas Oceânicas promovem expedição a Cadeia de Montanhas pouco conhecidas no Brasil
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- Fonte: GOV.BR
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O ICMBio e parceiros estarão explorando riquezas de um dos lugares mais afastados e longínquos da costa brasileira: o Arquipélago de Martim Vaz e do Monte Colúmbia, além do Monumento Natural das Ilhas de Trindade, todos localizados no Espírito Santo, a 1.200 km da costa. (Fonte: Gov.br - ICMBIO - 17/06/2025).
Etecs são reconhecidas com selo ‘Escola Azul’ por projetos ambientais
- Escrito por Irineu Domingos dos Santos
- Fonte: Centro Paula Souza
- Data de publicação: 06-06-2025 07:48
Criado em Portugal, o conceito Escola Azul visa trabalhar o tema “oceano” de forma transversal no currículo escolar, desenvolvendo o pensamento crítico e criativo, a fim de engajar ativamente a comunidade escolar na cultura oceânica. (Fonte: Centro Paula Souza - 06/06/2025).
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- Escrito por CLIPPING
- Fonte: Centro Paula Souza
- Data de publicação: 06-06-2025 07:49
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São Sebastião é o primeiro município da Região Sudeste a integrar 100% da sua rede de ensino ao Programa Escola Azul
- Escrito por CLIPPING
- Fonte: Por: Notícias - Fonte: Prefeitura de São Sebastião
- Data de publicação: 04-06-2025 07:55
São Sebastião acaba de conquistar um marco inédito e tornou-se o primeiro município da Região Sudeste a incluir 100% de sua rede municipal de ensino no Programa Escola Azul – uma iniciativa de alcance nacional que convida todas as escolas, próximas ou distantes do mar, a desenvolverem a cultura oceânica de forma transversal e interdisciplinar em suas práticas pedagógicas. (Por: Notícias - Fonte: Prefeitura de São Sebastião - 04/06/2025).
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