Mas que mar é esse que de noite acende?

Este vídeo mostra uma menina curiosa e sua perplexidade diante do mar. A personagem foi inspirada na professora e cientista Tagea Kristina Simon Björnberg.

Tagea tinha uma curiosidade nata pela natureza e dedicou sua carreira de cientista ao estudo dos organismos marinhos.

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Amathia verticillata, a caronista dos oceanos

Karine Nascimento - CEBIMar-USP

A expressão espécie cosmopolita é usada na biologia para designar uma espécie com ampla distribuição geográfica em todos os oceanos. O conceito de espécie criptogênica, por sua vez, refere-se a espécies cuja região de origem é desconhecida. E um terceiro conceito, o de espécie invasora, é empregado para espécies encontradas fora de sua área natural de distribuição (espécie introduzida ou exótica) e que passam a causar prejuízos biológicos e econômicos nos novos locais em que se estabelecem.

Futuro do ameaçado budião-azul depende de manejo de pesca

Estudo mostra declínio do budião-azul (Scarus trispinosus) em Abrolhos, BA, e indica necessidade de estratégias adicionais de proteção e manejo, que devem abranger áreas marinhas além das protegidas.

Estudo mostra declínio do budião-azul (Scarus trispinosus) em Abrolhos, BA, e indica necessidade de estratégias adicionais de proteção e manejo, que devem abranger áreas marinha além das protegidas. Foto: Ronaldo Francini-Filho.

Foto: Ronaldo Francini-Filho (CEBIMar/USP).

Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) são amplamente reconhecidas por conservarem e restaurarem a biodiversidade marinha, focando em áreas de alta biodiversidade, e que servem para reprodução e como berçário de espécies marinhas. No entanto, as AMPs perdem sua eficiência se os impactos no entorno não forem regulados através de medidas complementares de conservação, como o manejo de pesca.

A primeira linhagem de corais viventes recuperada com o uso de genomas mitocondriais

Os corais formam ambientes de grande biodiversidade e importância ecológica, tanto em águas rasas, os conhecidos recifes de coral, como os não tão populares, mas não menos importantes, recifes de águas profundas. Esses organismos estão incluídos no mesmo grupo das anêmonas e medusas (filo Cnidaria) mas pertencem à ordem Scleractinia, sendo também conhecidos como corais verdadeiros ou corais pétreos. Nessa ordem, há corais que estabelecem relação de simbiose com algas unicelulares denominadas zooxantelas (corais zooxantelados) e outros que não apresentam essa relação (corais azooxantelados). Apesar de sua importância, a história evolutiva dos corais verdadeiros não é completamente compreendida por duas principais razões: (1) os estudos até há pouco tempo realizados foram baseados em pequenas parcelas da informação genética presente nesses organismos (apenas alguns genes); e (2) poucas espécies de corais azooxantelados foram incluídos em análises filogenéticas cujo objetivo era desvendar o grau de parentesco entre organismos de um determinado grupo.

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Membros da ordem Corallimorpharia (esquerda) e das famílias Micrabaciidae (centro) e Gardineriidae (direita) pertencentes à ordem Scleractinia. Micrabaciidae apresenta características anatômicas similares à ordem Corallimorpharia. Fotos: Monterrey Bay Aquarium (esquerda; https://montereybayaquarium.tumblr.com/image/107347678718), Tree of Life Project (centro; http://tolweb.org/Micrabaciidae/19116/2002.10.28), Hawaii Undersea Research Laboratory Archive (direita; https://www.soest.hawaii.edu/HURL/HURLarchive/guideimages_php/Scleractinia_045.php?category=Hard%20Corals).

E conhecereis a verdade de Fleck, e essa vos libertará

Professor Ludwik Fleck (1896 - 1961). Imagem de fleckzentrum.ethz.ch.
Professor Ludwik Fleck (1896 - 1961). Imagem de fleckzentrum.ethz.ch.

A nossa ciência contemporânea, muito especialmente a ciência brasileira, vem confrontando uma crise pública da verdade. Segundo o jornal Folha de São Paulo, entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018 (período precedente às eleições presidenciais), páginas de notícias falsas e sensacionalistas chegaram a uma taxa de interações aumentada em quase 62%, enquanto que o jornalismo profissional perdeu 17%. Notícias espúrias, no entanto, não são exclusivas das mídias digitais, mas também emblemáticas do Palácio do Planalto ao Kremlin e Salão Oval, ambientes esses que criam e movimentam o nocivo mercado das fake news diante de assuntos como a efetividade das vacinas, o uso de medicamentos ou as mudanças climáticas. Qual a lógica em se advogar por medicamentos sem comprovação científica e atacar a eficácia das vacinas já histórica e cientificamente validada? Quais as razões para a liberação de centenas de agrotóxicos, para o flerte deliberado com companhias de mineração e para a desestruturação de órgãos ambientais?